sábado, 29 de agosto de 2009

Por favor,não me chamem de boazinha!!!

Esse texto da Martha Medeiros é a mais pura verdade...ser chamada de boazinha para mim soa ou falsidade,ou deboche ou diminuição...Qdo me chamam de boazinha interpreto como que não consegui um destaque maior ou um convencer necessário...já não gosto mto de palavaras inhas...me irrita,me chamar de Flavinha,então,como detesto(apesar que tem umas  pessoas que conseguem transformar o Flavinha em tom carinhoso em meus ouvidos,mas os demais,me soa como uma guitarra desafinada,hehehehe,irritante!).
Qual o elogio que uma mulher adora receber?



Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos:


mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais.


Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara.


Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação,


e ela decorará o seu número.


Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito,


da sua aura de mistério, de como ela tem classe:


ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.


Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da sua


perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta.


Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe,


que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades,


que ela é um avião no mundo dos negócios.


Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade,


seu bom gosto musical.


Agora quer ver o mundo cair?


Diga que ela é muito boazinha.


Descreva aí uma mulher boazinha.


Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão.


Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja,


cuida dos sobrinhos nos finais de semana.


Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor.


Nunca teve um chilique.


Nunca colocou os pés num show de rock.


É queridinha.


Pequeninha.


Educadinha.


Enfim, uma mulher boazinha.


Fomos boazinhas por séculos.


Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas.


Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos.


A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas,


crucifixo em cima da cama, tudo certinho.


Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um


desejo incontrolável de virar a mesa.


Quietinhas, mas inquietas.


Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.


Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes,


estrelas, profissionais.


Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen.


Ser chamada de patricinha é ofensa mortal.


Pitchulinha é coisa de retardada.


Quem gosta de diminutivos, definha.


Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.


Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.


As boazinhas não têm defeitos.


Não têm atitude.


Conformam-se com a coadjuvância.


PH neutro.


Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções,


é o pior dos desaforos.


Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas,


apressadas, é isso que somos hoje.


Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.


As “inhas” não moram mais aqui.


Foram para o espaço, sozinhas.

Amizade sem trato

Hj estou sem vontade de sair ou de ver tv,então resolvi ficar fuçando na internet e estou encontrando textos muito interessantes e que vou colocar para compartilhar com quem quiser,hehehe...então prepare-se,pois hj pode ser um dia de muuuuuuuiiiiiiiiiiitas postagens,hehehe.


Amizade sem trato- Martha Medeiros
Dei pra me emocionar cada vez que falo dos amigos. Deve ser a idade, dizem que a gente fica mais sentimental. Mas é fato: quando penso no que tenho de mais valioso, os amigos aparecem em pé de igualdade com o resto da família. E quando ouço pessoas dizendo que amigo, mas amigo meeeesmo, a gente só tem dois ou três, empino o peito e fico até meio besta de tanto orgulho: eu tenho muito mais do que dois ou três. São uma cambada. Não é privilégio meu, qualquer pessoa poderia ter tantos assim, mas quem se dedica?Fulano é meu amigo, Sicrana é minha amiga. É nada. São conhecidos. Gente que cumprimentamos na rua, falamos rapidamente numa festa, de repente sabemos até de uma fofoca sobre eles, mas amigos? Nem perto. Alguns até chegaram a ser, mas não são mais por absoluta falta de cuidado de ambas as partes.Amizade não é só empatia, é cultivo. Exige tempo, disposição. E o mais importante: o carinho não precisa - nem deve - vir acompanhado de um motivo.As pessoas se falam basicamente nos aniversários, no Natal ou para pedir um favor - tem que haver alguma razão prática ou festiva para fazer contato. Pois para saber a diferença entre um amigo ocasional e um amigo de verdade, basta tirar a razão de cena. VOcê não precisa de uma razão. Basta sentir a falta da pessoa. E, estando juntos, tratarem-se bem.Difícil exemplificar o que é tratar bem. Se são amigos mesmo, não precisam nem falar, podem caminhar lado a lado em silêncio. Não é preciso trocar elogios constantes, podem até pegar no pé um do outro, delicadamente. Não é preciso manifestações constantes de carinho, podem dizer verdades duras, às vezes elas são necessárias. Mas há sempre algo sublime no ar entre dois amigos de verdade. Talvez respeito seja a palavra. Afeto, certamente. Cumplicidade? Mais do que cumplicidade. Sintonia?Acho que é amor. Só mesmo amando para você confiar a ele o seu próprio inferno. E para não invejarem as vitórias um do outro. Por amor, você empresta suas coisas, dá o seu tempo, é honesto nas suas respostas, cuida para não ofender, abraça causas que não são suas, entra numas roubadas, compreende alguns sumiços - mas liga quando o sumiço é exagerado. Tudo isso é amizade com trato. Se amigos assim entraram na sua vida, não deixe que sumam.Porém, a maioria das pessoas não só deixa como contribui para que os amigos evaporem. Ignora os mecanismos de manutenção. Acha que amizade é algo que vem pronto e que é da sua natureza ser constante, sem precisar que a gente dê uma mãozinha. E aí um dia abrimos a mãozinha e não conseguimos contar nos dedos nem doisamigos pra valer. E ainda argumentamos que a solidão é um sintoma destes dias de hoje, tão emergenciais, tão individualistas. Nada disso. A solidão é apenas um sintoma do nosso descaso.

...


Todos nós escondemos nossa verdade dos outros, seja com a intenção de nos proteger da maldade alheia ou para encobrir nossos pontos fracos. Dissimulamos tentando parecer adequados às expectativas dos outros na ilusão de sermos aceitos.”




(Marcelo Cezar - Nada é como parece)

Quem sou eu

Minha foto
"...Eu apenas queria que você soubesse Que aquela alegria ainda está comigo E que a minha ternura não ficou na estrada Não ficou no tempo presa na poeira Eu apenas queria que você soubesse Que esta menina hoje é uma mulher E que esta mulher é uma menina Que colheu seu fruto flor do seu carinho Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta Que hoje eu me gosto muito mais Porque me entendo muito mais também E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora É se respeitar na sua força e fé E se olhar bem fundo até o dedão do pé Eu apenas queira que você soubesse Que essa criança brinca nesta roda E não teme o corte de novas feridas Pois tem a saúde que aprendeu com a vida..." Eu Apenas Queria Que Você Soubesse (Gonzaguinha)